domingo, 11 de dezembro de 2016

Cuidado com as compras no Natal

11:38


A quadra natalícia promove, naturalmente, um aumento do consumo. É impossível resistir aos apelos que se fazem na televisão e aos quais somos confrontados todos os dias nas ruas, nos cartazes e montras recheadas de presentes tão apetitosos. E mesmo que não queiramos, sabemos que há quem esteja próximo de nós com olho em algum telemóvel, peça de roupa ou relógio de marca. E, nós lá temos que desembolsar uns cobres para fazer sorrir o nosso ente querido. É inevitável. As estratégias de publicidade são imensas e contra elas temos que lutar com estratégias ainda mais fortes de contenção. Não há forma melhor de reagir à coação: nunca baixar os braços e nunca perder o bom senso.
Este ano, os portugueses deverão gastar, em média, cerca de 500 euros com natal, e isso incluiu tudo: desde presentes até à alimentação. Pois, o problema é que não são só os presentes, são os jantares em fim, as decorações, as viagens  a casa de amigos e familiares, mais umas surpresas aqui e outras ali. A conta só chega no final do mês, claro e depois andamos janeiro e fevereiro a apertar o cinto. A DECO, associação de defesa do consumidor, refere mesmo que em janeiro aumentam sempre o número de pedidos de apoio ao endividamento. Não é incrível?
Por isso, e para evitar este tipo de problemas, o conselho é o mesmo de sempre: poupar e nunca extravasar o orçamento mensal. Mantenha-se sempre focado e faça um orçamento daquilo que pretende gastar. Faça uma lista das pessoas a quem vai oferecer alguma coisa. E faça tudo no mesmo dia. Quanto mais arrastar as compras maior será a tendência de cometer mais uma loucura sem pensar naquelas que já cometeu. E não deixe tudo para a útima hora porque pode cair no erro de não ter grandes alternativas. As compras online são uma ótima opção porque permitem escolher e ponderar a escolha, sem a pressão do funcionário. No fundo, saiba conter-se e faça compras conscientes. Não exagere porque o dinheiro, infelizmente, não estica.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

No poupar é que está o ganho

05:41


Assinalou-se, a 31 de outubro, o dia mundial da poupança. Esta é, para mim, uma da data muito importante. É o dia em que lembro toda a gente da necessidade de disciplinar os gastos e de saber amealhar. No ano passado, a DECO, associação de defesa do consumidor, recebeu mais de 26 mil pedidos de famílias sobreendividadas. Os casos, infelizmente, multiplicam-se. Como diretora bancária, sou testemunha de situações que me afligem e há que saber evitá-las. Poupar é o segredo. Se tivermos um quilo de batatas, temos que as gastar depressa, caso contrário estragam-se. O dinheiro é o oposto. Digo muitas vezes à minha filha: “põe de parte qualquer coisa, nem que sejam dez euros por mês. Aos 40 anos de idade vais agradecer-me o conselho”. Repito a mesma mensagem com os novos clientes: “evitem descobertos! A frequência de saldos negativos passa a fazer parte do historial da pessoa e, no futuro, tornará mais difícil o acesso a financiamentos”. Muita gente aparece para pedir empréstimos para a compra de casa e eu alerto sempre: “O divorcio é bem mais fácil de resolver do que vender um imóvel e mesmo solicitar a autorização ao banco para a saída de um dos intervenientes. Se se separem ninguém vai atrás do casal. No entanto, uma casa para pagar ao banco é algo que só se resolve com a venda e nem sempre isso é possível porque não depende só de nós”. Não quero de todo “assustar” ninguém e muito menos deixar que as pessoas sigam a vida com o a aventura e o risco que nos é destinado , porém, estes são assuntos sérios que é preciso ponderar com muita calma e sabedoria. E é por isso que acho tão interessante iniciativas como a que vai decorrer, a 2 de novembro, na escola secundária da Amadora, a propósito do dia mundial da formação financeira que se assinala neste dia. O objetivo é consciencializar a população para a importância da estar a par dos números, das leis e das regras. E é de pequeno que se torce o pepino! Comece hoje a educar o seu filho. Cêntimo a cêntimos acumulam-se euros e isso é o princípio para um cidadão responsável

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Sorria, está a ser avaliado

06:16

Há dias, fui com o meu filho a um café conversar com ele. Estava choroso por causa de algo que lhe tinha acontecido na escola. Acalmou-se e lá desabafou que tinha sido injustamente expulso da sala. A empregada que passava por ali naquele momento atirou com a frase: “foste para a rua? Se fosses meu filho, havias de ver!” Acredito que aquilo tenha sido dito meio por graça, mas naquele momento, ela perdeu uma cliente. Há que ser simpático, brincalhão até, porém há que saber medir o momento, ter bom senso, nunca apregoar os nossos valores nos outros, nunca atirar com as nossas frustrações aos clientes e... sorrir sempre. Ser amável. Mesmo que as contas estejam apertadas, faça mau tempo ou o governo prepare mais impostos. Se sorrir e for simpático(a) tem a garantia de receber mais clientes no futuro.
Como profissional da banca, passam-me pelas mãos inúmeros casos de pedidos de empréstimos para empresas. E em cada processo seguimos o cliente, aconselhamos, ajudamos a traçar objetivos e acreditamos sempre na melhor das intenções de quem está à procura do seu próprio emprego. Contudo, por muitos truques que existam, nenhum negócio sobrevive sem um bom atendimento. Falo, sobretudo, para o comércio local, mas também para as grandes empresas. Existem milhares de técnicas de venda, centenas de formas de negócio, milhões de maneiras de comunicar, mas tudo isso pode ir pelo cano abaixo se quem está do outro lado estiver carrancudo. Hoje, 7 de outubro, é o dia do sorriso e por isso queria lembrar que sorrir é o segredo para um negócio de sucesso. Mesmo que esteja numa pilha de nervos, vai ver se vai sentir melhor! Se tivermos o habito de fazer as coisas com alegria e a sorrir raramente encontramos situações difíceis.

domingo, 7 de agosto de 2016

Vila Franca no meu coração

08:48


Foi por acaso que caí nesta terra deslumbrante. Nasci e cresci em Lisboa e o Ribatejo, para mim, era sobretudo o Cartaxo, onde vinha passar os fins de semana e as férias numa quinta do meu pai. Mas um dia, há muitos, muitos anos, estava no comboio, a caminho de Azambuja, quando o Colete Encarnado enchia as ruas de Vila Franca de Xira. Cidade ao rubro. Uma amiga acompanhava-me e, estupefactas, vimos centenas de pessoas penduradas nos muros, touros a percorrerem as ruas, malta de cerveja na mão e sorrisos traçados nos rostos. A energia atingiu-nos em cheio e os planos foram alterados ali mesmo: tínhamos que sentir aquilo na pele. Apeámo-nos e lá fomos em busca de sensações fortes. Foi nessa noite que conheci o pai dos meus dois filhos e, por consequência, a minha futura morada. Escusado será dizer que aquele dia é um dos mais marcantes da minha vida. Hoje, apesar de até nem cá morar, mantenho uma extrema afeição por esta terra. Perguntam-me, por vezes, se desejo mudar. A minha resposta é imediata: nunca. Para a maioria das pessoas, faria sentido largar isto e optar por um emprego noutro sítio. "Porque não o Algarve?", perguntam-me, muitas vezes. "Tens casa no Alvor e adoras praia, seria perfeito!" Errado. Claro que gosto da capital, das minhas raízes alfacinhas, do cheiro a maresia pela manhã... porém, nada se assemelha a Vila Franca de Xira. Lugar de gente catita, humilde, de pés assentes na terra, fraterna e de boa disposição. É malta alegre e ansiosa de afeto, ligada ao campo e às tradições que são tão portuguesas. Nunca. Abandonar tudo isto, seria matar parte de mim e perder um pouco da minha memória. Para quê? Por isso, fica aqui a promessa: nunca te vou deixar Vila Franca. Meus vila-franquenses do coração.

*diretora bancária

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